"Realmente, hoje são poucos centroavantes com destaque”, disse Luis Fabiano

- Realmente, hoje são poucos centroavantes com destaque – afirma Luís Fabiano, pensando tanto no futebol brasileiro como na Europa, em que os principais artilheiros hoje não são aqueles que jogam mais próximos da grande área. O atacante são-paulino, inclusive, já não se limita a esse habitat, tendo ganhado muito em versatilidade durante a carreira.

Ainda assim, depois de superar um reinício complicado no Morumbi, passando por duas cirurgias, o brasileiro vem provando que ainda é um dos goleadores a ser respeitado pelas defesas adversárias, tentando liderar um jovem time de volta a uma trilha de títulos. Durante entrevista ao portal FIFA.com, o jogador tenta explicar o que se passa com a camisa 9 no futebol moderno.

- O Brasil vive de safras. Dessa safra não saíram muitos centroavantes. De repente, estão trabalhando de outra maneira nas categorias de base, pelo fato de o futebol estar mudando um pouco, com jogadores mais abertos. O jogador pode pensar mais, quando vai para um clube, na base, e, em vez de falar que é centroavante, fala que é ponta, ou atacante. Generaliza. Realmente, hoje são poucos centroavantes com destaque – disse Luis Fabiano

Ele destacou ainda que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo só dominam as tabelas de artilharia, porque na Europa se trabalha pouco com o jogador de área. “Eles não gostam muito de ter aquele centroavante parado na frente, então tem de ser ágil, se movimentar bastante e sair da área. Se não, mal vai pegar na bola. No começo, eu ficava na área mesmo, parado, e diziam que a bola ia chegar”, disse. Ele acrescenta que o principal treino do jogador é na cabeça. “Se quer mudar, aprender e melhorar, ele será capaz”.

Para o jogador, as principais características que um centroavante moderno são arranque e velocidade. “O centroavante hoje de área, paradinho na frente, vai ter poucas oportunidades de fazer gol. O centroavante tem de ter uma certa movimentação e uma certa qualidade para jogar fora da área. Para ser um grande atacante, não basta mais só fazer gol”.

Luis Fabiano ainda espera ser convocado para jogar a Copa do Mundo no Brasil e acredita que a derrota na África do Sul já foi superada. “O que pesou mesmo naquela época foi a condição física de alguns jogadores, até mesmo no meu caso. Cheguei machucado, fiquei duas semanas parado até voltar a treinar.

Queria ter chegado num outro momento, como estava em 2009, quando estava muito bem, até nas eliminatórias”, informou. “Não é desculpa: me recuperei e joguei. Se eu tiver outra oportunidade, com certeza o pensamento será diferente. É triste ver a eliminação, ouvir perguntas sobre isso. Perder uma Copa do Mundo não é fácil, mas a ferida está fechada, já cicatrizou. Fica a cicatriz, mas está resolvida”.

O primeiro time de Luis Fabiano na Europa foi o Rennes, quando tinha apenas 18 anos. “Paul Le Guen era o treinador e cobrava demais, nunca vou esquecer. Quando saí da Ponte para lá foi uma grande diferença. Quando estava a 90 km/h, os caras estavam a 200 km/h. Isso me ajudou, embora eu não tenha ido bem lá”, destacou. “Senti muita falta das coisas daqui. Minha volta foi fundamental para me tornar o que sou hoje. Foi depois, no FC Porto e no Sevilla, que completei esse aprendizado.


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Saudações Fabianistas*

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