04/06/2010 - Depois de uma sequência de reclamações, a bola da Copa do Mundo ganhou seu primeiro defensor na seleção brasileira, nesta sexta-feira. O meia Kaká, que é patrocinado pela Adidas, a fabricante da Jabulani, mostrou bom humor para amenizar o assunto, afirmou que os principais críticos já estão se adaptando e até deu um beijo na bola.

"Desde que me conheço por jogador, em todas as competições que disputo, há críticas contra a bola, mas a Copa tem uma intensidade muito grande. Foi criada uma polêmica em volta dela, principalmente na primeira semana. Mas, agora, todo mundo está mais adaptado e vendo como jogar", afirmou o atleta, que citou a mudança de postura de dois colegas.

"Já vejo o Luis Fabiano a beijando, e o Júlio César a abraçando. Esta é a bola da Copa, e espero ser campeão com ela", acrescentou. Durante a entrevista coletiva desta sexta, o meia recebeu uma bola e deu um beijo.

No início da semana, Luís Fabiano afirmou que a Jabulani parece ser "sobrenatural" por conta de suas mudanças de direções. Já o goleiro foi mais direto, classificando-a como "horrorosa, parece comprada em supermercado". Outros críticos da delegação canarinho foram Júlio Baptista, Robinho, Felipe Melo e o técnico Dunga.

Um dos principais garotos-propaganda da fabricante da Jabulani, Kaká tentou sair sem polêmicas e, por isso, até brincou ao citar o gol de Michel Bastos no amistoso contra o Zimbábue, quando o lateral esquerdo soltou um foguete em cobrança de falta.

"Não é a bola do Kaká, mas sim da Adidas. Tudo que tem tecnologia nova dá uma impressão diferente. Quem sabe durante a Copa a opinião muda. Alguns já disseram que não é tão ruim assim, só bater de outra forma. Acho que o Michel não reclama", acrescentou.

O certo é que o Brasil tenta se acostumar até a estreia do Mundial, dia 15, contra a Coreia do Norte. Todos os treinos são realizados com a Jabulani, que também é utilizada nos amistosos.